segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Uma palavra esperando tradução

Pensamentos borboleteando...

De repente, me deu uma vontade de escrever. Uma vontade de colocar pra fora isso, sabe. Mas colocar pra fora de verdade! Queria que as palavras expulsassem de dentro de mim isso que me incomoda, isso que me deixa inerte. Está comigo e não está. Sinto e deixo de sentir, quer dizer, tento deixar de sentir. Queria congelar tudo isso e passar a mão num martelo e destruir tudo, fácil, fácil...

Perdi o chão. Cadê a chave de casa? Trocaram a fechadura? Os pensamentos fervilham dentro de mim e a vontade de partir é enorme. Partir para onde? Nem eu mesma sei. Sinto vontade de partir de mim, de sair disso, dessa “coisa” que me sufoca. Não sei. Ando desconfiada. Sinto que estou sendo traída pelos meus próprios sentimentos... Eles me confundem. Por quê?

Essa música de fundo que você não está escutando, me faz lembrar muita coisa. Coisas que não aconteceram. Perdi o freio. Esqueci que a natureza do grão é crescer... Ele realmente cresceu e tomou proporções que eu não pude jamais imaginar. Eu não queria, de verdade, que chegasse ao que chegou.

Perdi o freio. De novo. Mesmo depois de tudo, eu continuei. Não queria saber nem quero. Eu queria mesmo era voltar no tempo, juro que teria aproveitado bem mais! Juro que não teria errado tanto. Mentira. Teria errado, sim. Enfiei os pés pelas mãos e enfiaria não sei mais onde se tudo não tivesse o fim que teve. Eu iria me arrepender, eu sei.

Não é disso que peno. É das palavras que foram ditas erroneamente. Palavras que não foram sinceras. Foram? Diga-me você! Eu não sei. Em metade, eu acreditei. Na outra, eu fingi que não ouvi para não estragar o momento. Olhos, pele e boca. Nada mais tem importância, não nesse momento de vazio. De sobra. Sobra do que tive pela metade. Sobra da sua ausência...

Talvez eu saiba o que é melhor pra mim. Talvez eu queira que isso seja melhor pra mim, pra minha felicidade. Mas que felicidade? Que felicidade é essa que não me permite ser feliz? Que incoerência! Que infelicidade... Não é nada. É teimosia. Nada é apenas uma palavra esperando tradução. Agora, teimosia... Sou eu em pessoa! Eu querendo ser Deus da minha vida.

Por Luana Chaves (21/02/11)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Chama de mim


Embreago-me com o amanhecer.
Meu eu consolida tua nascente!
Diante da força, do luzeiro...
Teu som, teus sentidos, a luz.

O amor? As lágrimas!
De teu peito sinto inflar
A viva chama, a chama
Do meu ser...

Queima em mim, queima em ti.
A chama brilha, cai sobre mim.
A ti, inebria...

Cobre, envolta do que é.
No sentimento, germinará...
A luz, a chama de mim!

Por Luana Chaves
(01/02/10)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O amor não vive de presente

Hoje eu escutei uma música que suscitou alguns questionamentos sobre os últimos acontecimentos da minha vida amorosa. Havia um trecho que dizia mais ou menos assim: “o amor não vive de presente; o amor vive do futuro, pois ele enxerga o que o outro ainda não é, enxerga o que ele ainda pode ser”.

Nesse momento, meu coração disparou! Quando escutei essa última parte (o amor enxerga o que o outro ainda pode ser), senti uma pontada no peito, como se alguém tivesse feito uma brincadeira de mau gosto e me abraçasse por trás, me deixando sem ar. Sentia que meu radar gritava desesperado em meu socorro...

Eu não consigo enxergar a minha paixão além do presente. Só se passam fantasias, desejos, vontades, que são castradas cruelmente por uma força que me liberta ao mesmo tempo que tira a minha alegria e me traz a angústia, me colocando à prova do que quero e do que deveria fazer. Você entende? Meu Id e Superego nunca estão em acordo! Afinal de contas, quem garante o que é certo ou errado? Eles podem apenas tomar rumos diferentes...

Uma vez eu escutei que, quando é para ser, não há espaços para dúvidas. Desde o primeiro olhar, um raio de dúvidas caiu sobre a minha cabeça! Senti curiosidade, atração, vontade... medo! Será que o amor age realmente de forma tão clara e objetiva em nossas vidas ou será que nossas ações é que travestem nossos sentimentos (ou não) em amor? Tenho minhas dúvidas sinceras...


Por Luana Chaves (31/01/11)