segunda-feira, 4 de março de 2013

Saindo do casulo

 
Pensamentos borboleteando...
Sonhar, todo mundo sonha. Querer realizar um sonho, qualquer um quer. Todavia, sonhos não se concretizam na inércia. É preciso sair da zona de conforto! Objetivos sem metas são como flores atiradas ao léu, o vento leva! Sacrifícios fazem parte do processo, afinal, não existe escolha sem renúncia...
 Se eu gosto de assistir 8h de aula ao dia durante a semana? Se eu me divirto no meu tempo livre resolvendo exercícios? E se eu me encho de felicidade quando chega o final de semana e o meu horário de aula triplica? Alguém acha mesmo que eu gosto de estudar essas disciplinas chatas e entediantes? Uns dizem que eu estudo muito, outros acham o cúmulo do absurdo o fato de ter aulas aos domingos! Outros, ainda, dizem que estou louca e que não vivo mais. Há tantos outros, porém, que não acreditam e me aconselham a fazer outras coisas, além daqueles, é claro, que se corroem pelo fato de eu “só estudar”, como se fosse pouco. Cobrança maior do que a minha, não há! Já briguei, já chorei, já me importei... Mas, quer saber? Foda-se!
E, sim, eu tenho vontade de “viver”, sinto falta das minhas saídas, dos meus amigos e sinto falta, também, daqueles momentos à toa, sabe? Quando a gente fica deitada com e pé pra cima, escutando uma boa música com uma panela de brigadeiro, pensando na morte da bezerra? Pois é, hoje não dá pra fazer isso. Não sobra tempo nem pra ficar triste; quando penso em sofrer por algum motivo, olho para o lado e vejo o tanto de conteúdos que eu tenho que estudar...
Só se transforma quem precisa de mudança e, sinceramente, decidir por um estilo de vida diferente é difícil, afinal, mudar dói e envolve muitas coisas... Eu gosto muito do ciclo de vida das borboletas, acredito que se aplica muito a nós, seres em constante transformação. Antes de se tornar um ser tão frágil e bonito, cheio de cores e encantador, como declama ‘O Teatro Mágico’: “Borboleta parece flor que o vento tirou pra dançar”, elas nascem de um ovo e vivem como lagartas dentro de um casulo por um ano ou mais tempo e, quando acham que estão morrendo, rompem essa barreira, alçam vôo e ganham o mundo, iluminando nossos olhos e embelezando a natureza!
Assim somos nós, como borboletas, precisamos ser “essa metamorfose ambulante”, como já dizia meu querido ‘Raulzito’! Você também pode, se quiser mudar. Nossos únicos concorrentes somos nós mesmos, quando deixamos o medo e a incerteza tomar de conta da gente, quando colocamos empecilhos ao invés de correr atrás dos nossos sonhos, quando deixamos outros se imporem a nossa vontade.
Quando deixamos de sermos vítimas do destino e nos tornamos agentes ativos de nossas próprias histórias, não importa tempo nem contratempos, o que é pra ser nosso, será. Assim como as borboletas atravessam oceanos, nós, também, atravessaremos nossas dificuldades e alcançaremos nossos sonhos. É preciso ter “foco no objetivo, força na luta e fé na conquista”!
Pronto, falei!
Por Luana Chaves (04/03/2013)