Viva Chama
Por Luana Chaves
segunda-feira, 4 de março de 2013
Saindo do casulo
terça-feira, 22 de maio de 2012
Cedendo lugar
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Equilibre-se
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Cabana de sentimentos

segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Folhas de outono

Uma clareira que se põe ao sol,
Às margens da inquietação...
O destino se distancia, mais e mais.
Como a ventania que sopra longe
As folhas de outono.
As mãos não mais se apertam,
Os olhares não mais se cruzam,
Os lábios já não mais se tocam...
O vazio e o silêncio de sempre
Tomando de conta da respiração
Que não se ofega mais.
Os suspiros e os passos de um corpo
Que não mais se sustena, vagando pelo vale
De incertezas em sentimentos confusos.
As folhas de outono varrem para
Longe a certeza de um sentimento
Que não se sabe...
As mãos que não se tocam,
O desejo que se desvaneia,
A pulsação descompassada,
O resto de mim...
Por Luana Chaves
(23/10/11)
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Outonos e primaveras

A arte de morrer em silêncio é atributo que pertence às sementes. A dureza do chão não permite que os nossos olhos alcancem o acontecimento. Antes de ser flor, a primavera é chão escuro de sombras, vida se entregando ao dialético movimento de uma morte anunciada, cumprida em partes.
A primavera só pode ser o que é porque o outono lhe embalou em seus braços. Outono é o tempo em que as sementes deitam sobre a terra seus destinos de fecundidade. É o tempo em que à morte se entregam, esperançosas de ressurreição. Outono é a maternidade das floradas, dos cantos das cigarras e dos assovios dos ventos. Outono é a preparação das aquarelas, dos trabalhos silenciosos que não causam alardes, mas que mais tarde serão fundamentais para o sustento da beleza que há de vir.
São as estações do tempo. São as estações da vida.
Há em nossos dias uma infinidade de cenas que podemos reconhecer a partir da mística dos outonos e das primaveras. Também nós cumprimos em nossa carne humana os mesmos destinos. Destino de morrer em pequenas partes, mediante sacrifícios que nos faz abraçar o silêncio das sombras...
Destino de florescer costurados em cores, alçados por alegrias que nos caem do céu, quando menos esperadas, anunciando que depois de outonos, a vida sempre nos reserva primaveras...
Floresçamos.
terça-feira, 9 de agosto de 2011
(DES) medindo a altura do abismo

quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Decifrando o silêncio

Tarde fria, um chamado a pulsar.
As interrogações se aplacam e a fermata
Passa a marcar os passos, os lentos...
De mim, além da terra!
Em meio ao silêncio, só resta o eco,
O barulho do silêncio que me sufoca!
As respostas, onde estão?
Como são, quem irá interpretá-las?
As dores do vazio, a distância de mim...
Resguardo-me em meu leito, sem tempo nem chão!
Por onde andará a fortaleza do meu eu?
Por onde andará você?
O medo se vai, ontem eu disse...
E hoje? O que há?
Onde estará a mudança? No nada?
Ainda resta-me a mim... Resta?
Aí está você, de corpo... E alma?
Por detrás das lentes, ela está.
Quem dera eu, se eu pudesse...
Não, nada vejo!
Por onde andará você?
Traz-me a minha resposta,
Interpreta tua fala,
Decifra-me a tua resposta...
Por Luana Chaves (25/07/11)
terça-feira, 7 de junho de 2011
Santíssimo Sacramento

Caro leitor, aqui estou e, como num final de filme assistido pela segunda vez, sinto-me como se isso já estivesse acontecido antes. E fico a me perguntar: realmente isso aconteceu ou é apenas um dèjá vu? Em meio às dúvidas, só me restam interrogações. Até mesmo elas, que preenchem todos os espaços do meu pensamento, parecem um “repeteco”.
Esses dias foram diferentes. Encantadores, posso, assim, dizer! Ainda me resta a lembrança muito nítida. Ao olhar essa foto, me vem quase que a emoção completa do momento. Tudo bem, eu sei que não. Só quem vive o momento, sabe a intensidade e a importância que ele tem. E você, caro leitor, jamais sentiria a emoção que eu senti quando vi essa imagem se refletir real, como está, na parede naquela noite de sábado...
Olhe bem para essa foto. É o próprio Coração de Jesus Misericordioso refletido na parede! Como isso foi possível? Sinto cada parte do meu corpo arrepiar só de lembrar-me desse momento mais que especial. E eu só tenho a agradecer por esse dia lindo, por esse presente maravilhoso. Meu Deus sabe o que faz e não faz pelas metades. Escute bem: Deus NUNCA faz pela metade! Guarde bem essa frase e lembre-se bastante dela quando fizer um pedido a Ele...
Vem, age na minha vida. Mesmo que eu não queira, faça uma obra em mim. Mesmo que eu não queira, habita em mim. Manda seu Espírito. Ora por mim, Espírito Santo! Leva pra Deus tudo aquilo que eu preciso, afasta de mim o que não é para minha vida. Tira do meu caminho o que não me faz bem. Escuta meu coração, me ajuda. Dá-me discernimento. Ajuda-me a reconhecer o que é meu, o que é do mundo, o que é de Deus...
Diga-me as palavras que eu necessito dizer,
mas não consigo. Ensina-me a rezar, a pedir, a agradecer, a adorar... Mostra-me o que é para mim, me ajude nas minhas fraquezas. Não sei como devo pedir, Espírito Santo, mas, ajuda-me! Tira de mim todo o atraso que me afasta de Deus.
Intercede por mim, Espírito Santo. Eu sei que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus e eu quero mais e mais esse amor. Eu te peço, clamo: vem orar por mim. Só Deus sabe a dor que sinto, as angústias que me prendem, as inquietações que me cercam.
Meu coração está ferido, sem ao certo saber qual a razão. Cura-me, Espírito Santo, leva pra Deus tudo o que me faz infeliz, tira de mim tudo o que não é para mim. Traz a paz, fortalece o amor e confiança que tenho em Deus.
Por Luana Chaves
(07/06/11)
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Faz de conta

De novo. Como num faz de conta. Finge que eu continuo vindo aqui. Faz de conta que eu tenho passado para o papel todas as angústias que me afetam, faz de conta que eu dei conta de fazer isso todas as vezes em que foi preciso. Faz de conta. Faz de conta! Ora, eu não suporto mais fazer de conta! Para que? Por quê? Eu não sei ser assim, eu não consigo ser assim. Já tentei, juro que já tentei. Mas, hoje, não deu. Você, que lê o que eu escrevo, sabe. E você, que veio pela primeira vez, meu bem, vai saber: eu não sei ser assim. Repito: EU NÃO SEI SER ASSIM (leia-se: SOCORRO!!!).
Tentei algumas vezes escrever aquilo que eu queria ler, aquilo que fizesse meu coração acalmar. Não foi possível, não consegui mentir para mim mesma. Eu até tentei, mas as palavras ficaram soltas, sem nexo algum. É estranho... Eu consigo mentir pra você, minha família, meus amigos, mas, para mim mesma, jamais! Isso me frustrou, pois, para me aliviar, eu quis inventar uma realidade que não existe dentro de mim. Mas, quer saber? Isso é bom! Prova que eu sou fiel a mim mesma, ou, pelo menos, tento.
Essas tentativas de esquecimento só me fizeram enxergar o quanto não posso esquecer, assim, por esquecer. Mas como irei esquecer aquilo que eu não sei se era pra existir? Diga-me você que está lendo essas palavras quase que sufocantes: como? O convívio me faz bem, mas, ao tempo, tira-se o chão! Como pode? Já pedi a Ele que me guiasse, que me dissesse qual é a direção, o que fazer... Até recebi um sinal de fumaça, sabe, mas fiquei na dúvida, me perdi pelo caminho que estava tão obscuro! Apesar disso, nesse meio tempo, pude aproveitar a distração, me diverti, todavia, não esqueci...
Olho para trás e não tenho mágoas, nem remorso do que se passou. Isso é bom? Não sei. Não sei mesmo. Fico a me perguntar: por que essa situação, sendo que não deu certo? A vida podia ser como num tamagoshi, né? Quando a gente estivesse quase se fodendo, haveria um botão atrás escrito “reset”. E pronto! Tudo de novo, como se nada tivesse acontecido. Seria essa a melhor solução para as presepadas que a gente se mete?
Um faz de conta. Faça de conta você que está lendo essas palavras! Faça de conta que eu não escrevi nada disso que venho discorrendo, faça de conta que eu estou cem por cento bem. Faça de conta, também, que você não entendeu o que escrevi, porque eu sei que você entendeu, mas, apenas, faça de conta...