segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Lua de Luana


Lua de mim,
Lua lúbrica!
Lua que deseja,
Lua que encanta.

Lua, luar...
Lua entre Sol e Terra!
Luana, luar:
Luarenta!

Lua de Luana ou
Luana de Lua?

Luana é a Lua.
Lua é lunática.
Lunática é a Lua,
Luana!

Lua de mim,
Lunática do meu ser!
Deseja e encanta?
É Luana!

Luana de Lua ou
Lua de Luana?

Lua entre Sol e Terra!
Lua, luar...
Lufa do dia,
Lunar da noite.

Lua sou eu.
Lunática é Luna.
Luana sou eu.
Luna lunática é Luana!

Lua de Luana e
Luana de Lua.

Por Luana Chaves, 25/01/10.

A mulher e a Lua


Pensamentos borboleteando...


Eu sempre quis fazer uma poesia que me equiparasse à Lua, mas sempre faltava algo que pudesse me deixar levar pelas palavras. Hoje, exatamente hoje, prestes a chover (é nesse tempo que me inspiro mais), eu consegui escrever alguma coisa de mim em relação à Lua. Ser que sempre fascinou. E ainda hoje me pergunto porquê tenho tanta fascinação! Navegando pela internet, acabei por entrar num blog que continha um artigo (que adaptei) que fazia uma relação entre a Lua e a mulher. Não sei quem é o autor, mas achei interessante e revolvi compartilhar aqui. Segue o artigo:

A mulher e a Lua


A palavra “menstruação” vem do latim mens, e significa “lua” e “mês”. A primeira forma de medir o tempo foi pelo ciclo menstrual das mulheres. A sincronia entre o ciclo lunar e o menstrual, refletia o vínculo entre as mulheres, a Lua e as deusas da fertilidade. O poder da mulher vem de seu sangue, e por isso ela não deve desprezá-lo, mas considerá-lo sagrado. O sangue menstrual liga a mulher ao poder da Criação.

Com o advento das sociedades patriarcais, o sangue menstrual passou a ser visto como sujo e malígno, o que não deixa de ser irônico, visto que o sangue menstrual é o maior indicativo da fertilidade de uma mulher.

A escritora Mirella Faür diz: “Enquanto que nas sociedades matrifocais as sacerdotisas ofereciam o seu sangue menstrual à Deusa e faziam as suas profecias durante os estados de extrema sensibilidade psíquica da fase menstrual, a Inquisição atribuía a esse poder oracular a prova da ligação entre a mulher e o Diabo, punindo e perseguindo as mulheres ‘videntes’. E, assim, originaram-se os tabus, as proibições e as superstições referentes ao sangue menstrual”.

E continua: “Infelizmente, milênios de supremacia e domínio patriarcal despojaram as mulheres do seu poder inato e negaram-lhe até mesmo o seu valor como criadoras e nutridoras da própria vida. Reduzidas a meras reprodutoras, fornecedoras de prazer ou de mão-de-obra barata, as mulheres foram consideradas incompetentes, incapazes, desprovidas de qualquer valor e até mesmo de uma alma!”.

“Em vez dos antigos rituais de renovação e purificação (…), a mulher moderna deveria disfarçar, esforçando-se para continuar com as suas atribuições cotidianas, perdendo o contato e sintonia com o seu corpo e com a energia da Lua. O resultado é a tensão pré-menstrual, as cólicas, o ciclo desordenado, o desconhecimento dos ritos de passagem e dos mistérios da mulher”.

É complicado para as mulheres que moram em grandes cidades adaptarem-se a esse ritmo. Afastamo-nos tanto da Natureza que acabamos até mesmo ficando confusas em relação ao nosso corpo. Não deveríamos temer o natural, mas o que nos é imposto artificialmente.

Preocupamo-nos demais com consumismos e modismos e esquecemo-nos do nosso poder como mulheres. Devemos retomar os antigos conhecimentos, estudar os antigos mitos lunares e reconhecer o poder mágico de nosso ventre. Desta forma, podemo-nos re-conectar à essência primordial de nossas vidas naturais.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

O canto


Eu canto,
Canto o que eu sinto.
Canto sozinha,
Canto em silêncio.

Meu canto é triste,
Canto o que não
Dá para falar.
Canto o que me norteia.

Canto o que vem de mim,
Canto o que está em mim.
Canto em silêncio...

Meu canto não é para ouvir,
É para sentir;
Por isso, canto em silêncio...


Por mim mesma, em 25/10/06.


quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O Positivismo e a Industrialização Européia



Pensamentos borboleteando...



Com a destruição da velha ordem feudal e a consolidação da nova sociedade constituída por máquinas, a capitalista, surge o Positivismo. Este adveio do Cientificismo, que colocou a razão humana em conhecimento da realidade para traduzi-la sob a forma das leis naturais. Dessa forma, o Positivismo colocou que essas leis seriam a base da regulamentação da vida, admitindo, assim, dois princípios reguladores: o do mundo físico, que está relacionado ao que é externo ao homem; e do mundo social, que se refere às questões humanas.


É nesse sentindo, em pleno contexto histórico do século XIX, que se aflora o desenvolvimento do pensamento positivista. De um lado, estava a Europa diante de sua grande e maravilhosa Revolução Industrial, porém, com um descompasso: profundas crises de superprodução. Mas que problema! Qual seria a solução? Claro, nada melhor do que a conquista de impérios “além-mar”. Puxando o gancho, do outro lado, encontrava-se a África e a Ásia com civilizações organizadas sob princípios de politeísmo, poligamia, castas sociais, com economia agrária de subsistência (entre outros), sendo, então, alvo fácil da dominação européia. Por que não?

Era simples. A justificativa era “civilizar”, pois essas sociedades eram bem atrasadas, não é mesmo? Era elevar essas sociedades de seu estado primário a um nível mais desenvolvido, uma vez que essas civilizações eram consideradas, pelos próprios europeus, como nada mais do que “fósseis vivos”, pois, afinal, eram o passado da humanidade! Dessa forma, as sociedades mais simples e de tecnologia menos avançada, deveriam evoluir em direção a níveis de maior complexidade e progresso, ou seja, à maravilhosa sociedade industrial européia!


Diante desse “rebosteio” todo, encontrava-se a Europa com toda sua pode industrializada, entretanto, enfrentando conflitos internos (como já foi citado), nos quais os resultados de todo seu progresso não eram igualmente distribuídos, nem todos participavam igualmente das conquistas dessa civilização bem organizada. Agora fica as questões: Com quais parâmetros a sociedade européia se considerava o topo da civilização? Como o Positivismo explicava essa distorção? ‘FIKDIK’

Por Luana Chaves, 06/01/10.


PS. Texto com forte influência de “Positivismo: uma primeira forma de pensamento social.”

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Viva Chama!


Viva Chama, Tracy Chevalier


William Blake

Para começar, quero fazer uma breve explicação sobre o nome do blog. Escolhi "Viva chama" porque é o nome do mais novo livro de Tracy Chevalier (mesma autora de 'Moça com brinco de pérola'), que é uma das minhas autoras preferidas. E este, é um livro encantador!

O título do livro "Viva chama", adveio da poesia de William Blake (poeta romântico inglês; 1757-1827), que viveu em Londres e escrevia, compunha, gravava e imprimia seus próprios livros, porém, vendia pouquíssimo, pois era considerado, em sua época, comunista (tanto na vida real, quanto no livro de Chevalier). Suas principais obras são "Canções da inocência" e "Canções da experiência".


Uma breve explicação sobre a poesia que inspirou o título do livro "Viva Chama" de Chevalier: "O próprio Blake dizia que seu trabalho estava cheio de visões religiosas, e não tinham a ver diretamente com assuntos do dia-a-dia. Só que ele escrevia com um talento fora do comum. As tentativas de explicações desse tigre começam pelo título. Na opinião de alguns estudiosos, Blake escreveu "tygre", com y, para sinalizar que aí está um tigre especial."

O TYGRE
Tradução: José Paulo Paes

Tygre, Tygre, viva chama
Que as florestas de noite inflama,
Que olho ou mão imortal podia
Traçar-te a horrível simetria?

Em que abismo ou céu longe ardeu
O fogo dos olhos teus?
Com que asas atreveu ao vôo?
Que mão ousou pegar o fogo?

Que arte & braço pôde então
Torcer-te as fibras do coração?
Quando ele já estava batendo,
Que mão & que pés horrendos?

Que cadeia? que martelo,
Que fornalha teve o teu cérebro?
Que bigorna? que tenaz
Pegou-te os horrores mortais?

Quando os astros alancearam
O céu e em pranto o banharam,
Sorriu ele ao ver seu feito?
Fez-te quem fez o Cordeiro?

Tygre, Tygre, viva chama
Que as florestas da noite inflama,
Que olho ou mão imortal ousaria
Traçar-te a horrível simetria?

Primeiro post!

Novinho, novinho!!

Criei esse blog na intenção de divulgar e compartilhar o meu lado artístico. Postarei textos, crônicas, contos, poesias e fotografias de minha autoria.

Claro, também haverá espaço para vídeos, textos, fotografias, enfim, trabalhos de outras pessoas, que vier a meu interesse.

Espero que gostem de minhas postagens. Estarei atualizando sempre que puder.

Sejam bem vindos!!
=]