segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A mulher e a Lua


Pensamentos borboleteando...


Eu sempre quis fazer uma poesia que me equiparasse à Lua, mas sempre faltava algo que pudesse me deixar levar pelas palavras. Hoje, exatamente hoje, prestes a chover (é nesse tempo que me inspiro mais), eu consegui escrever alguma coisa de mim em relação à Lua. Ser que sempre fascinou. E ainda hoje me pergunto porquê tenho tanta fascinação! Navegando pela internet, acabei por entrar num blog que continha um artigo (que adaptei) que fazia uma relação entre a Lua e a mulher. Não sei quem é o autor, mas achei interessante e revolvi compartilhar aqui. Segue o artigo:

A mulher e a Lua


A palavra “menstruação” vem do latim mens, e significa “lua” e “mês”. A primeira forma de medir o tempo foi pelo ciclo menstrual das mulheres. A sincronia entre o ciclo lunar e o menstrual, refletia o vínculo entre as mulheres, a Lua e as deusas da fertilidade. O poder da mulher vem de seu sangue, e por isso ela não deve desprezá-lo, mas considerá-lo sagrado. O sangue menstrual liga a mulher ao poder da Criação.

Com o advento das sociedades patriarcais, o sangue menstrual passou a ser visto como sujo e malígno, o que não deixa de ser irônico, visto que o sangue menstrual é o maior indicativo da fertilidade de uma mulher.

A escritora Mirella Faür diz: “Enquanto que nas sociedades matrifocais as sacerdotisas ofereciam o seu sangue menstrual à Deusa e faziam as suas profecias durante os estados de extrema sensibilidade psíquica da fase menstrual, a Inquisição atribuía a esse poder oracular a prova da ligação entre a mulher e o Diabo, punindo e perseguindo as mulheres ‘videntes’. E, assim, originaram-se os tabus, as proibições e as superstições referentes ao sangue menstrual”.

E continua: “Infelizmente, milênios de supremacia e domínio patriarcal despojaram as mulheres do seu poder inato e negaram-lhe até mesmo o seu valor como criadoras e nutridoras da própria vida. Reduzidas a meras reprodutoras, fornecedoras de prazer ou de mão-de-obra barata, as mulheres foram consideradas incompetentes, incapazes, desprovidas de qualquer valor e até mesmo de uma alma!”.

“Em vez dos antigos rituais de renovação e purificação (…), a mulher moderna deveria disfarçar, esforçando-se para continuar com as suas atribuições cotidianas, perdendo o contato e sintonia com o seu corpo e com a energia da Lua. O resultado é a tensão pré-menstrual, as cólicas, o ciclo desordenado, o desconhecimento dos ritos de passagem e dos mistérios da mulher”.

É complicado para as mulheres que moram em grandes cidades adaptarem-se a esse ritmo. Afastamo-nos tanto da Natureza que acabamos até mesmo ficando confusas em relação ao nosso corpo. Não deveríamos temer o natural, mas o que nos é imposto artificialmente.

Preocupamo-nos demais com consumismos e modismos e esquecemo-nos do nosso poder como mulheres. Devemos retomar os antigos conhecimentos, estudar os antigos mitos lunares e reconhecer o poder mágico de nosso ventre. Desta forma, podemo-nos re-conectar à essência primordial de nossas vidas naturais.

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